Nicéas Romeo Zanchett Romeo
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GIOTO

16 de Noviembre del 2018 a las 13:41:06 0 Leído (698)

Quando ouvimos pronunciar o nome Giotto, o nosso pensamento corre logo ao pastorzinho toscano que, enquanto apascentava as ovelhas, ao invés de cuidar para que nenhuma tresmalhasse, divertia-se em copiar suas diversas atitudes sobre alguma pedra encontrada por acaso, servindo-se de pedacinhos de carvão, também encontrados ao vagar pelos campos; e corre àquele "algo" tão perfeito que acabou permanecendo proverbial; corre, enfim, a toda aquela tradição, que da figura de Giotto de Bondone fez um título familiar para cada italiano, que dele ouviu sempre falar, desde os primeiros anos de vida na escola.
Quanto ao que concerne seu nascimento, duas são as teses mais divulgadas; a primeira afirma, segundo Vasari (o autor do século XVI das famosas "Vidas" de todos os homens ilustres que se dedicaram às artes), que Giotto teria nascido em 1276; mas, hoje, todos estão de acordo em aceitar, de preferência, uma segunda tese, aquela que, em base a testemunhos da época, fixa a data do nascimento de Giotto no ano 1266, isto é, dez anos antes.
Ainda a propósito do local de nascimento, duas são as teorias mais difusas: há quem faça dele um cidadão nativo de Florença, onde, desde menino, teve oportunidade de conhecer e admirar as pinturas de Cimabue (o pintor universalmente conhecido como seu mestre); outros, ao invés, supõem que seu nascimento ocorreu em Colle de Vespignano, uma aldeiazinha perdida no Mugello, em que Cimabue teve ocasião de encontrar o simples camponesinho, ou pastorzinho, em uma de suas viagens entre Florença e Roma ou entre Florença e Assis. Como sejam realmente as coisas, não se pode afirmar, porque a certidão de pensamento do máximo pintor da Idade Média italiana jamais foi encontrada; porém, a maioria aceita a segunda versão.
Incerto qualquer dado referent à sua vida fundamental desde o início, pouco sabemos também dos anos que se seguem; por certo, quanto àquilo que lhe diz respeito, sabemos apenas que pertence à escola de Cimabue; que foi um viajante assíduo, a ponto de ter ido várias vezes não só a Roma, mas também a Verona, e Ravena, a Pádua, a Rimini, a Nápoles, sempre por motivo de serviço; que se casou e houve nada menos que oito filhos, dos quais, quatro varões, sendo que um deles foi pintor; que possuía espírito alegre e arguto; que transcorreu os últimos anos de sua vida em Florença, onde tinha sido nomeado empreiteiro-chefe da nova catedral, para a qual projetou a construção do campanário, que ainda traz seu nome. Quanto às obras de pintura, sabemos, com absoluta certeza, que são criação sua os afrescos da capela dos Scrovegni, de Pádua, realizados entre os anos de 1303 e 1305. Justamente pelo confronto destas pinturas, do que temos certeza, nasceram, depois, todas as várias que lhe atrivuem, desde aquelas de Assis às de Florença, do quadro do Louvre em Paris àquele da Galeria degli Uffisi.
A primeiro obra em que os estudiosos julgaram reconhecer a mão de Giotto (sempre se servindo dos afrescos da Capela dos Scrovegni como termo de comunicação) são as pinturas com histórias do Antigo e do Novo Testamento, na Igreja Superior de São Francisco, em Assis. Nestes afrescos, parece que o pincel de Giotto chega a ombrear por vezes com aquele de seu mestre Cimabue, a cuja mão e a cuja escola todos os afrescos foram, em conjunto, atribuídos.
Depois destes, em ordem cronológica, colocam-se algumas obras que se conservam em Roma e precisamente na Igreja de Santa Maria Maggiore; logo depois, os biógrafos de Giotto mencionam os afrescos representando os episódios principais da vida de São Francisco, na Basílica Superior de Assis, isto é, naquela mesma igreja onde Giotto trabalhara como aprendiz, nas histórias do Testamento.
Mas a obra mais insigne que dele nos restou, não só porque é seguramente devida ao seu pincel, mas também porque e, certamente, o mais esplêndido, completo e melhor conservado ciclo de pintura medieval que chegou até nós, é aquela que representa as histórias da Virgem e as histórias de Cristo - além de um "Juízo Universal" de impressionante conjunto e a representação alegórica dos "Vícios e das Virtudes" - e que, como já se sabe, está conservado na Capela da Arena, também denominada Capela dos Scrovegni, em Pádua.
A importância de Giotto na pintura é comparável à Dante Alighieri na literatura; Dante soube libertar a língua italiana do emaranhado das primeiras tentativas e fazê-la assumir a dignidade de um idioma literário; Giotto soube elevar a pintura italiana, ainda embaraçada nas formas bizantinentes tradicionais, para uma absorção de valores plásticos naturais, para uma contemplação mais serena e menos rígida da natureza. Soube acrescentar uma expressão poética às suas Madonas, embora conservando-as solenes como aquelas de seu Maestro. Observe-se, por exemplo, a Virgem da Anunciação ou, melhor ainda, aquela da "Fuga para o Egito"; quantos pensamentos se acham concentrados naqueles olhos, que olham distante, quanta humildade, e ao mesmo tempo consciência da terrível missão que lhe foi confiada! Provavelmente, Giotto sentiu bastante também a influência de outro grande pintor em voga naqueles tempos, e que ele com certeza conhecera em uma de suas viagens a Roma; Pietro Cavallini. Mas, das Madonas de Cavallini, que são geralmente meio maciças e pesadas, soube tirar aquela sensação de peso para Transformá-la toda em solenidade pensativa e espiritual.
Ao último triênio de sua vida costuma-se atribuir, habitualmente, os afrescos das capelas Peruzzini e Bardi, na Igreja de Santa Cruz, em Florença. A primeira contém as histórias dos SS. João Batista e Evangelista; a segunda representa, ainda, as histórias de São Francisco. Mas ambas - espcialmente a primeira - são de tal forma deturpadas por algumas péssimas restaurações de não permitirem reconhecer, por vezes, a mão do Mestre.
Leonardo da Vinci em certa ocasião disse: "O pintor terá sua pintura com pouca excelência, se tomar como autor o alheio; mas, se ele aprender das coisas naturais, obterá bons frutos, como vimos nos pintores depois dos romanos, os quais sempre imitaram um ao outro e, de idade em idade, sempre foi caindo tal arte em declínio. Depois veio Giotto florentino, o qual, nascido em montes solitários, habitados somente por cabras e animais semelhantes, começou a desenhar nas pedras os movimentos das cabras, das quais era ele guardião; e assim começou a fazer com todos os animais que na região encontrava; de tal modo que ele, depois de muito estudo, adiantou-se tanto que ultrapassou não só os mestres de seu tempo, mas também todos aqueles de muitos séculos atrás. Depois dele, a arte decai, porque todos imitaram pinturas executadas; a assim, de século em século foi declinando, até que Tomaso florentino, apelidado de Masaccio, mostrou, com obras perfeitas, como aqueles que tomavam por autor além da natureza, mestra dos mestres, fatigavam-se em vão."
Para iluminar condignamente a figura de Giotto di Bondone, não encontramos palavras mais elevadas e significativas do que estas, escritas talvez pelo máximo gênio que a Itália já teve.
Enquanto os estudos Giottescos foram esquecidos no 600 e 700, pelos fins do século passado e no presente, eles se foram multiplicando sempre mais, e todos, hoje, olham para Giotto como para o verdadeiro pai da pintura italiana; realmente, ninguém, antes dele, pintara com tanta clareza e espontaneidade de expressão e dramaticidade, vivacidade de gestos e de movimentos, nem com maior desejo de graça e poesia.

OBSERVAÇÕES FINAIS
Antônio Pucci (um sineiro fiorentino que descreveu em versos a história da Florença de seu tempo) ns deixou o seguinte verso sobre Giotto:
"Nel trentasei, siccome piacque a Dia Giotto mori di etá di settant'anni."
A maior parte dos estudiosos reconhece ser o ano 1266 o de nascimento de Giotto. Com estas palavras, foi comentada a morte de um dos maiores pintores que já existiram na terra.
Pequisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett



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