Portas da Cognição de Alberto D'Assumpção
Filho do saudoso pintor Manuel D’Assumpção, expõe regularmente desde 1989, dedicando-se em exclusivo à pintura desde 1990. É membro da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Artistas, do Internacional Illustrated Letter Writing Society, do grupo “Artists For Peace” e do “Archetypal Expressionism”, fundado pelo escritor, pintor e crítico de arte romeno Constantin Severin. Integra a equipa de colaboradores do CECLART, Círculo Cultural Europeu das Artes.
Não será por acaso que Alberto d’Assumpção, na apresentação do seu curriculum, evoca a sua qualidade de filho de Manuel d’Assumpção, de quem, José Augusto França, na sua “Arte em Portugal no Século XX” disse: «deixou obras notáveis […], resolvendo inteligentemente jogos de formas e espaços, numa superfície fragmentada com vibrações contraditórias.». Vendo a obra de Alberto d’Assumpção, suspeita-se que não deixou de colher a herança do pai, prosseguindo-lhe a vida que aquele, em 1969, deixou de querer viver. Um mundo cromático, agora calmo, dado pela suavidade da agradável conjugação de cores que mitiga o desassossego das formas à primeira vista indecifráveis. Já que também ele, parece «habitante de planetas longínquos e misteriosos ou então de lugares de ao pé da porta que contudo, como na estória de Jean Ray ou no “Erich Zann” de Lovecraft, por mais que se tente não se conseguem reencontrar…» como de seu pai dizia Nicolau Saião.
No catálogo da exposição, José Pedro da Silva Costa evoca Saint-Exupéry exortando os leitores a atreverem-se a ultrapassar as “Portas da Percepção” com o coração, já que “On ne vois bien qu’avec le couer” uma vez que «l’essentiel est invisible pour les yeux”.
Sedimentos de um céu per...