DO ESPÍRITO PARA O ESPÍRITO
A Arte é uma ação do espírito para o espírito, e, portanto, tem necessariamente de percorrer instâncias além de qualquer lei conhecida pela Ciência moderna.
Daí minha preocupação em buscar a essência, o universal, sem prender-me a nenhum modismo ou movimento artístico específico. Carrego influências diversas, é claro, porém, não saberia dizer o quanto elas já se transformaram em mim ou quanto ainda irão permanecer vivas na obra.
É dessa forma, a meu ver, que independentemente de quaisquer outros fatores, muitos alheios ao real ofício do artista, sigo em busca da realização maior da Arte: o encantamento do ser.
Andriole
Mauro Andriole
Nasce em 16 de janeiro de 1963 em São Paulo, Brasil.
FORMAÇÃO
2001/ 08
Filosofia na USP - FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS, CIÊNCIAS SOCIAIS E HISTÓRIA, da UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SP, Brasil
CURSO CENTRADO EM PESQUISA NAS ÁREAS DA
ESTÉTICA, METAFÍSICA, ANTROPOLOGIA E FILOSOFIA DA ARTE
1980-78
História da Arte, Fotografia, Desenho de Expressão, Desenho Técnico e Técnicas de Impressão no Colégio Técnico IADÊ - INSTITUTO DE ARTE E DECORAÇÃO, SP
DESTAQUES: EXPOSIÇÕES E PROJETOS:
2007
Participação “Hors Concours” da 3ª Bienal de Gravura Nacional, no Museu Olho Latino, em Atibaia, sob a curadoria de Paulo Sheida Sans.
2006/07
Viaja para Portugal, em Dezembro de 2006 instalando-se na cidade do Porto, onde reside por quatro meses, vindo a estabelecer contatos com artistas portugueses, tais como António Fernando, José Rodrigues, Gustavo Bastos, António Leite, Maria Antónia Porto e José Emídio, e com o intelectual, poeta e escritor José-Luis Ferreira.
Durante este período produz uma série de doze pratos em cerâmica e duas esculturas policromadas, na Cooperativa de Actividades Artísticas – Árvore, dirigida pelo Eng° Amandio Secca e por José Rodrigues. Edita também na ÁRVORE uma litografia. Participa do I Salão Internacional de S. João da Madeira e da Exposição de Arte Integrada ao SEMINÁRIO PORTUGAL – PALOP/CPLP – BRASIL, organizado pelo Arquiteto e Pintor Carlos Lança, a convite de José-Luis Ferreira. Expõe suas obras na SERVARTES , espaço multimídia no Porto, e também no Espaço de Arte Vera Lúcia.
2006
CIVILIZAÇÕES, Exposição individual de Arte sobre papel – litografias, serigrafias, metal e aquarelas. Curadoria Rita Villares Pires – Café na Praça, Porto , Portugal
CONTEMPORÂNEOS NO FORTE , Exposição Coletiva, dez artistas brasileiros . Curadoria de Enock Sacramento, Galeria de Arte do Forte de S. Francisco, Chaves, Portugal.
2003
PHYSIS, Exposição Individual na Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e História, da Universidade São Paulo, com apresentação de Olgária Matos. Evento paralelo ao 7º Encontro de Pesquisa em Filosofia, promovido pela Comissão de Pesquisa FFLCH, CNPq, CAPES e FAPESP.
2001
ARTE NO METRÔ, Acervo Artístico da Companhia do Metropolitano de São Paulo/METRÔ, curadoria: membros da Associação Brasileira dos Críticos de Arte, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos de São Paulo Estação LUZ, DANÇA PARA SEGURAR O CÉU, obra escultórica [ 2.50 x 6.00m ], alumínio fundido, SP, Brasil. (projeto em desenvolvimento)
2000
MUSEU DOS BANDEIRANTES, ACERVO ARTÍSTICO CULTURAL DOS PALÁCIOS DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, curadoria de Radha Abramo, indicação do crítico de arte Alberto Beutenmüller, conjunto escultórico: O PESCADOR. Alumínio fundido. Área: 2.80 x 3.00m.
São Paulo, Brasil.
Patrocínio: ALCAN ALUMÍNIO DO BRASIL.
A COR DO BRASIL, reflexão sobre os 500 ANOS DO BRASIL, através de reprodução de pinturas e textos do artista, em capas de talonários da TICKET. A série constituiu-se de nove obras, apresentadas uma por mês, a partir de Abril, até Dezembro. Edição de 4,5 milhões talões/mês, distribuição nacional. Simultaneamente a divulgação das imagens nos talonários, o conjunto das obras foi exposto nos Supermercados do GRUPO PÃO DE AÇÚCAR- EXTRA, em nove unidades, em Brasília e São Paulo, Brasil.
Apresentação de Vídeo Documentário: A Cor do Brasil, exposição individual e Leilão Beneficente das Obras no MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO, SP, Brasil.
Criação: Mauro Andriole. Realização: GRUPO ACCOR
CONGRESSO INTERNACIONAL DA TICKET, RJ, Brasil
Realização: TICKET, Grupo ACCOR
POVOS DA FLORESTA, edição de Litografia e Vídeo institucional apresentando a obra do artista, o conceito e o processo de elaboração da gravura.
Criação: Mauro Andriole. Realização: Grupo ACCOR.
PINTOR, ESCULTOR E GRAVADOR
Exposições Individuais
2006
CIVILIZAÇÕES, Exposição individual de Arte sobre papel – litografias, serigrafias, metal e aquarelas. Curadoria Rita Villares Pires – Café na Praça, Porto , Portugal
2003
PHYSIS, FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS, CIÊNCIAS HUMANAS da Universidade de São Paulo, Brasil
2000
A COR DO BRASIL, MUSEU DE ARTE MODERNA, SP, Brasil
1995
ARQUEOLOGIA DO SUBCONSCIENTE, MUSEU DE ARTE MODERNA/Resende, RJ, Brasil
1994
CIVILIZAÇÕES INDÍGENAS, TEATRO HALL, SP, Brasil
CIVILIZAÇÕES II , ESPAÇO CULTURAL METRÔ CONSOLAÇÃO, SP, Brasil
1988
O HOMEM E SEUS MOVIMENTOS, CENTRO CULTURAL DE BAURU, SP, Brasil
1987
AQUARELA, PASTEL, NANQUIM & GUOACHE, CENTRO CULTURAL SÃO PAULO, SP, Brasil
Exposições Coletivas
2007
EXPOSIÇÃO INTEGRADA AO SEMINÁRIO PORTUGAL – CPLP/PALOP – BRASIL, organização do Arquiteto Carlos Lança, curadoria de José-Luis Ferreira, no Hotel Ipanema Park, cidade do Porto, Portugal
2006
EXPOSIÇÕES DE ACERVOS DAS GALERIAS DE ARTE ANDRÉ, CARAFIZZI E GLATT & YMAGOS
2003
ABSTRATOS, GALERIA DE ARTE ANDRÉ, curadoria Carlos von Schmidt, SP, Brasil
2001/00/99/98/96
ACERVO - CARAFFIZI GALERIA DE ARTE,SP, Brasil
1999/96/94/92
COLETIVAS - GLATT & YMAGOS GALERIA, curadoria Patricia Dacca Motta, , SP, Brasil
1998
IMPRESSÕES - A arte da gravura brasileira, 25 anos do Atelier Glatt & Ymagos, ESPAÇO CULTURAL BANESPA, SP, Brasil [Direção de arte do catálogo e participação]
1996
COLETIVA DE ARTISTAS JOVENS, curadoria Paulo Prado, PAULO PRADO GALERIA DE ARTE, SP,BR
1995
Leilão Beneficente Pró MASP, RENATO MAGALHÃES ESCRITÓRIO DE ARTE, SP, Brasil
1995
Pequenos Formatos/Poucas Palavras, curadoria Bob Nugent e Claudia Skaff, DOCUMENTA GALERIA DE ARTE, SP,Brasil
1994/93/92/90/89/88
COLETIVAS DO ACERVO, GALERIA DE ARTE ANDRÉ, SP, Brasil
1994/93
COLETIVAS - DOCUMENTA GALERIA DE ARTE, curadoria Claudia Skaff, SP, Brasil
1990
COLETIVA - DELL’ARTE, CURITIBA, PR, Brasil
COLETIVA - D’BIELLER GALERIA DE ARTE, RJ , Brasil
COLETIVA - IDEA, RJ, Brasil
COLETIVA - CONTORNO, RJ, Brasil
1989
COLETIVA - ARS ARTIS, SP, Brasil
1988
COLETIVA - GALERIA BLUE LIFE,SP, Brasil
1987
COLETIVA - ÃNIMA, SP, Brasil
1986
ARTISTAS DA FOLHA DE SÃO PAULO - GALERIA MARC CHAGALL, SP, Brasil
SALÕES DE ARTE
2007
I SALÃO INTERNACIONAL DE S.JOÃO DA MADEIRA, Portugal
1993
11º SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE ARARAQUARA, SP.
1º SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DA ENTIDADE PRAIDS, SP.
LEILÃO DA COMUNIDADE ISRAELITA DE SÃO PAULO.
22º SALÃO BUNKYO DE ARTES PLÁSTICAS, SP.
1992
17º SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE RIBEIRÃO PRETO, SP
1989
7O SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE ARARAQUARA, SP.
7O SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE RIO CLARO, SP.
18º SALÃO BUNKYO DE ARTES PLÁSTICAS, SP.
1987
1O. SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS FLÁVIO PHEBO, SP.
1º SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE BAURU, PRÊMIO AQUISIÇÃO, SP.
16º SALÃO BUNKYO DE ARTES PLÁSTICAS, SP
ILUSTRADOR, DESENHISTA E DIRETOR DE ARTE E CRIAÇÃO
ARTES GRÁFICAS/JORNALISMO
1983
Direção de Arte e Ilustrações para as revistas:
VIDA & CULTURA ALTERNATIVA, ESTE MÊS SÃO PAULO, RIO E BAHIA, SP, Brasil.
1987-82
Ilustrador do Jornal: FOLHA DE SÃO PAULO
1998-97
Ilustrações para Revista MARKETING CULTURAL
Projeto gráfico para marcadores de página na 15a. BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO, Centro de Convenções Anhembi, SP, Brasil
2007-08
Ilustrador – REVISTA EDUCAÇÃO
Direção de Arte – Revista CONSULTE ARTE & DECORAÇÃO – Ed Roma SP
1995-92
CENÓGRAFO
1989-87
Cenografia e Direção de Arte: GLEDSON, na 33a.FENIT. SP.
Cenografia para programas do SBT CANAL 4 TVS, SP.
DESIGNER
PROJETOS EM FIBRA DE VIDRO
1982-80
Coordenador do Departamento Artístico e Desenvolvimento de Vitrais para REFORPLÁS, SP.
A ARTE DE DIZER
O VER O MUNDO
A pintura sempre me pareceu essencialmente o espaço reflexivo do mundo, do externo e do interno e suas inter-relações intrínsecas.
No fazer a obra, um modo subjetivo de exercer a experimentação direta dos fatos e dos atos e de buscar na origem mesma deste ato criador, as razões das coisas, a despeito da impossibilidade de poder “falar” sobre elas com a mesma lógica e extensão que caracteriza o discurso da razão. Simultaneamente, promover a educação constante dos sentidos, apreender o que há de significante em tudo o que nos chega à sensação.
ARTE ENGAJADA
As transformações sociais dos últimos quinze anos impingiram necessidades ao ofício do artista, a principal delas foi a reflexão sobre a função da Arte num contexto psíquico saturado de noções reducionistas e, consequentemente, causador de distorções do que é a natureza humana.
SER ALÉM DE SI
Em Arte, isto é, na sua realização, sempre se é o centro nervoso da tradução de um tempo que ultrapassa a visão individual, e ao mesmo tempo, se é justamente o olho desse furacão que arrasta a alma do artista por veredas inéditas, ainda que, paradoxalmente, conhecidas do espírito humano. Nada do que foi dito, escrito e visto anteriormente se repetirá do mesmo modo, no entanto, sempre se parte de uma reminiscência.
CONDIÇÃO
Ou se vive a Arte em seu significado inefável, suportando a impossibilidade de justificá-lo, senão com a própria obra, e lançar mão da aparente “normalidade social”, ou nada se faz verdadeiramente em Arte. Não se trata de uma questão de escolha, mas da percepção de um destino a cumprir, seja qual for a forma de protagonizá-lo.
PESQUISA
O olhar da Arte não é ingênuo jamais.
A jornada na Arte me conduziu a olhar para as manifestações míticas de grandes civilizações do passado, com ênfase nas culturas ancestrais, sobretudo a dos povos indígenas do Brasil.
A pesquisa naturalmente conduziu-me de início ao contato com obras de antropólogos, espeleólogos e paleontólogos, vindo assim a investigar inúmeras fontes onde pudesse obter informações - freqüentando colóquios, congressos e encontros que abordavam questões sobre os povos indígenas realizados em museus de arqueologia e institutos de pesquisa afins. Esse hábito despertou-me o interesse pelo estudo formal, acadêmico, ainda que estivesse já há dez anos desenvolvendo meu caminho como autodidata.
Em 2001, ingressei na Universidade de São Paulo, onde estudei Filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e História, dando seqüência a meus estudos.